
Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/451372
Título: | Geopolítica do Petróleo: a nova perspectiva brasileira. Reflexos para a Marinha do Brasil |
Autor(es): | Pacheco, Paulo Antônio Brignol |
Palavras-chave: | Brasil - fronteiras Geopolítica Brasil Educação ambiental Petróleo - Geopolítica Estratégia Militar Amazônia Azul |
Data do documento: | 2018 |
Editor: | Escola de Guerra Naval (EGN) |
Descrição: | EGN:Orientador:Renato Petrocchi Monografia apresentada à Escola de Guerra Naval, como requisito parcial para conclusão do Curso de Política e Estratégia Marítimas Inclui bibliografias RESUMO O mundo atual é caracterizado pela interdependência complexa. A globalização aproximou os Estados, relativizou fronteiras e encurtou distâncias. A interdependência econômico - financeira entre as nações cresce exponencialmente, com os insumos energéticos assumindo papel central. O petróleo, com origens no século XIX, foi gradualmente ocupando parcela da matriz energética mundial, em detrimento do carvão. Alavancado pela I Guerr a Mundial, como fonte propulsora das máquinas de guerra, passou a reinar como principal combustível por todo o século XX e não há perspectivas a médio prazo de mudança desse quadro. O jogo geopolítico do petróleo tem levado os Estados a coalizões, formação de blocos, disputas, conflitos e até guerras, para a garantia de acesso a essa fonte energética. O petróleo deixou de ser apenas fonte de riqueza, passando a ser também fonte de poder, manifestado claramente na guerra do Yom Kippur, em 1973, quando países inferiores economicamente impuseram condições na condução do conflito aos Estados Unidos e seus aliados. O Brasil, a partir do início do século passado, foi - se inserindo gradativamente nesse cenário geopolítico, desde as primeiras descobertas em 1939, na localidade de Lobato, no recôncavo baiano, passando pela criação da Petrobras, em 1953, a expansão da fronteira produtiva para a plataforma continental nas décadas de 1970 e 1980, a quebra do monopólio em 1997, a conquista da autossuficiência em 2006, culm inando com a descoberta do pré - sal em 2007, provendo o País com uma das maiores reservas do mundo. Este último acontecimento selou definitivamente o Brasil como ator de destaque na geopolítica mundial do petróleo, despertando a atenção dos principais paíse s produtores e consumidores. Essa nova realidade nacional demandou ações, não apenas no campo da segurança energética, mas também no da defesa, resultando em 2008 na edição da Estratégia Nacional de Defesa, focada no futuro de grandeza, poder e projeção do País no entorno regional e mundial. A exploração e consequente explotação dessa nova fronteira de riquezas requer outras posturas do País , que exigem basicamente prontidão e capacidade de proteção, não só das riquezas, mas principalmente, dos interesses e liberdade de ação, o que se reflete, em última instância, na preservação da sua soberania. O principal desafio do País é, neste momento, acordar para sua nova realidade, e perceber a magnitude das ações que devem ser tomadas para colocá - lo vis - à - vis as na ções mais poderosas. O pré - sal impacta diretamente a segurança energética e a defesa do Brasil, esta última, com reflexos imediatos para a Marinha do Brasil, força armada com o monopólio da força nas águas da Amazônia Azul. A nação tem o direito e o dever de equipar sua Força Naval com a arquitetura desejável e compatível com o Brasil - Potência de hoje, libertando - se definitivamente da cultura retrógrada do eterno “ País do futuro”, impregnada no imaginário nacional. |
Abstract: | The world today is characterized by complex interdependence. Globalization has brought the States together , relativized borders and shortened distances. The economic and financial interdependen ce between nations grows exponentially with the energy inputs as well as play a leading role. The o il, with its origins in the nineteenth century, h as been gradually assumed a portion of the global energy , at the expense of coal. Leverag ed by the World War I, as a source of propulsion machinery of war, it has been used as the main fuel for the entire twentieth century and there is no medium - term indicator of a future change . The geopolitical game of oil has led states to coalitions, block formation, dispute s, conflicts and even wars, to ensure access to this energy source. Oil is no longer just a source of wealth, but has becom e a source of power, manifested clearly in the Yom Kippur War in 1973, when the poor countries have imposed the United States and it‟ s allies conditions on the conduct ion of the conflict. Brazil, from the beginning of last century, has been gradually entering this geopolitical scenario first with the discoveries of oil in 1939 in the town of Lobato, Recôncavo Baiano , and subsequently wi th the creation of Petrobras in 1953, expan sion of the production frontier to the continental shelf in the 1970s and 1980s, the monopoly break in 1997, the achievement of self - sufficiency in 2006, culminating in the pre - salt discovery in 2007, fact that ga ve the country one of the largest reserves in the world. This last event definitely placed Brazil as prominent player in world geopolitics of oil, drawing attention from the major producing and consuming countries. This new reality demanded national action s , concerning not only the issue of energy security, but also defense . This result ed in the 2008 edition of the National Defense Strategy, focused on greatness, power and projection of the country , regional and global wide . The exploration and subsequent e xploitation of this new frontier of wealth require other conducts of the country, which basically require s readiness and ability to protect not only our natural resources but , above all, the interests and freedom of action, which is reflected ultimately in the preservation of its sovereignty. The country‟s biggest challenge is to be aware of this new reality, and taking actions that lead it to a vis - à - vis to the most powerful nations . The pre - salt directly affects the energy security and the defense of Braz il, the latter, with immediate implications for the Navy of Brazil, an armed force with the monopoly of the force in the waters of the Blue Amazon. The nation has the right and duty to equip its Navy with desirable architecture , compatible with the country ‟s prompting power , freeing it definitively from the backward culture of the eternal "country of the future," steeped in the imaginary of the nation. . |
Tipo de Acesso: | Acesso aberto |
URI: | http://www.redebim.dphdm.mar.mil.br/vinculos/000006/000006b7.pdf http://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/451372 |
Tipo: | Trabalho de fim de curso |
Aparece nas coleções: | Defesa Nacional: Coleção de Trabalhos de Conclusão de Curso |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
000006b7.pdf | 822,08 kB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.