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Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)

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Título: A contrainteligência e a desinformação em uma perspectiva histórica: o caso da desinformação soviética e tchecoslovaca no Brasil na década de 1950 a meados da década de 1960
Autor(es): Borges, Guilherme Ferreira
Orientador(es): Jobim, Claudio Muniz
Palavras-chave: Desinformação
Contrainteligência
Guerra Fria
Capitalismo
Comunismo
Imprensa
Operações Secretas
Brasil
Áreas de conhecimento da DGPM: Planejamento militar
Data do documento: 2023
Editor: Escola de Guerra Naval (EGN)
Descrição: O objetivo dessa dissertação é analisar a atuação dos serviços secretos soviético e tchecoslovaco, no que tange a desinformação. Utilizando-se dos conceitos de contrainteligência e a desinformação, os quais estão intrinsecamente relacionados, pois ambos se referem a estratégias e táticas empregadas para influenciar e manipular informações e percepções, a pesquisa procura responder: Como a desinformação soviética no Brasil na década de 1950 e meados da década de 1960 impactaram no 31 de março de 1964? Verifica-se então, no contexto da Guerra Fria, que o tenente-coronel Ion Mihai Pacepa (1928- 2021), oficial de inteligência romeno, apresenta um complemento ao conceito de desinformação, o qual coloca a opinião pública como mais um alvo, não apenas autoridades com poder de decisão ou elites políticas. Dentro destes conceitos de contrainteligência e desinformação, é possível observar a estrutura e organização do serviço secreto soviético, e os serviços secretos dos países aliados e satélites do bloco soviético, contanto com mais de um milhão de colaboradores ao redor do globo, motivados em disseminar desinformação. Todo esta organização tinha um único objetivo, derrotar o capitalismo para difundir o comunismo. Assim o principal inimigo era os Estados Unidos e seus aliados. Ainda neste contexto, a metodologia da disseminação da desinformação é apresentada com seus dois elementos-chave: fonte ocidental respeitável e “cerne de verdade”. Dentro deste método, a inteligência soviética utiliza a imprensa como principal canal difusor da desinformação, pois a mesma consegue amplitude consideravelmente grande e servia de registro histórico. Diante de todo esse processo, surge as relações entre operador, agente inconsciente e adversário. Após a atuação dos operadores, oficias condutores dos serviços secretos, a desinformação é avaliada para se determinar sua efetividade e efocácia. Em última análise, a atuação do serviço secreto tchecoslovaco se instala no Brasil, a mando do serviço secreto soviético, para conduzir operações secretas de desinformação. Inicialmente os oficias de inteligência são apresentados como agentes diplomáticos como o objetivo de manter aparências. Logo instalam seu núcleo, chamado rezidentura. A Central de inteligência tcheca, baseada em Praga, emite diretriz e os propósitos da rezidentura do Brasil. Diversas operações secretas são desencadeadas, com destaque para o recrutamento de autoridades brasileiras, para a desinformação sobre a participação militar dos Estados Unidos nos acontecimentos de março de 1964, no financiamento do jornal periódico O Semanário, na promoção de congresso para disseminar narrativas de apoio a Revolução Cubana e na influência e coleta de informações em diversas esferas de poder no Brasil. Neste ínterim, verifica-se que é necessário expansão de pesquisa para abranger operações não relacionadas a desinformação. Portanto, as operações secretas de desinformação não foram suficientes para acelerar ou proporcionar os acontecimentos políticos de março de 1964.
Tipo de Acesso: Acesso aberto
URI: https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/847039
Tipo: Dissertação
Aparece nas coleções:Defesa Nacional: Coleção de Dissertações

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