Viroses emergentes: análise da detecção molecular do SARS-COV-2 no hospital naval Marcílio Dias durante a pandemia de COVID-19

Abstract

A pandemia da COVID-19, causada pelo SARS-CoV-2, evidenciou a vulnerabilidade da sociedade global às doenças infecciosas emergentes. Historicamente, pandemias como a gripe de 1918 e, mais recentemente, a COVID-19 demonstraram a capacidade devastadora desses patógenos. No Brasil, até 1º de agosto de 2024, foram registrados 712.769 óbitos devido ao novo coronavírus. O diagnóstico confirmatório da COVID-19 foi desafiador globalmente devido à falta de informação técnica e à escassez de insumos. O Hospital Naval Marcílio Dias, possuindo um instituto de pesquisas que já utilizava técnicas de biologia molecular, iniciou precocemente o diagnóstico molecular utilizando a técnica de RT-qPCR, considerada pela Organização Mundial da Saúde como o “padrão ouro”. Assim, o objetivo principal desta pesquisa foi analisar a detecção molecular do coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2, realizada pelo Instituto de Pesquisas Biomédicas do Hospital Naval Marcílio Dias, durante a pandemia. A metodologia utilizada consistiu em pesquisa descritiva e qualitativa, empregando as técnicas de observação participante, pesquisa bibliográfica e entrevistas estruturadas. Dentre as principais conclusões deste trabalho, destaca-se que é praticamente unânime na comunidade científica que a ocorrência de uma nova pandemia é certa, sendo a temporalidade a única incerteza. Portanto, a preparação contínua e o fortalecimento das capacidades de diagnóstico molecular são essenciais para enfrentar futuras emergências de saúde pública. A pesquisa revelou que a infraestrutura necessária para a realização de testes moleculares e a capacitação adequada dos profissionais são essenciais para a detecção eficiente de viroses emergentes. A gestão do conhecimento também se mostrou vital para a adaptação rápida às novas demandas impostas pela pandemia.