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Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)

Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/845944
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Campo DCValorIdioma
dc.contributor.advisorJungstedt, Alceu Oliveira Castro-
dc.contributor.authorCappucci Junior, Adilson-
dc.date.accessioned2023-03-03T02:24:10Z-
dc.date.available2023-03-03T02:24:10Z-
dc.date.issued2022-
dc.identifier.urihttps://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/845944-
dc.descriptionO início de uma nova multipolaridade no século XXI trouxe o surgimento dos chamados Estados revisionistas, os quais passaram a empregar os conflitos na Zona Cinza na busca pela mudança do status quo a seu favor. Os conflitos na Zona Cinza ocorrem no hiato entre as práticas empregadas pela diplomacia e as ações convencionais de um conflito armado. Empregam ferramentas indiretas que evitam justificativas para uma retaliação por meio de um conflito convencional, permanecendo, assim, aquém dos limites dos conflitos armados contra seus competidores (ou adversários). Outra peculiaridade dessas ações é sua intenção de ofuscar sua real natureza, visando dificultar ou impedir a identificação da ameaça e a atribuição de responsabilidades. De forma semelhante, os conflitos na Zona Cinza e a Guerra Híbrida compartilham diversas características, estando o primeiro, porém, limitado a ações aquém do conflito armado. As ações ou ferramentas empregadas nos conflitos na Zona Cinza são peculiares e específicas, sendo denominadas, algumas vezes, de Ameaças Híbridas. Podem envolver ações como ataques cibernéticos, operações de informação, emprego de forças regulares e irregulares, terrorismo, crimes ambientais, pirataria, entre outras. Além de serem empregadas na dimensão militar, exploram outras dimensões, como a humana, a econômica, a política e a legal. Ameaças Híbridas também são observadas no Entorno Estratégico Brasileiro e podem servir de ferramentas para a competição na Zona Cinza contra o Brasil. Dessa forma, é importante manter as Forças Armadas brasileiras preparadas para seu enfrentamento. Advém, portanto, a necessidade da Marinha do Brasil identificar quais os possíveis reflexos desse fenômeno para seu preparo e o emprego em um cenário de conflitos na Zona Cinza. O objetivo desta tese é, consequentemente, descrever e analisar os conflitos na Zona Cinza e quais as principais formas de se contrapor a eles, a fim de deduzir os reflexos destes para futuras políticas e estratégias da Marinha do Brasil, formulando e justificando recomendações. O trabalho se justifica por contribuir com o entendimento mais profundo de aspectos contemporâneos relacionados aos conflitos do século XXI, no caso, os conflitos na Zona Cinza. São analisadas ações dessa natureza empregadas pela República Popular da China por ser um dos atores mais atuantes nos conflitos na Zona Cinza e porque parcela considerável de suas ações empregam o ambiente marítimo, de maior relevância para a Marinha do Brasil. O estudo analisa como principais ferramentas empregadas pela China: a construção de ilhas artificiais; o emprego dos “Pequenos Homens Azuis”; o uso de ameaças cibernéticas; a Nova Rota da Seda chinesa; e o emprego de forças militares chinesas na Zona Cinza. São empregadas pesquisas exploratórias e descritivas e, ao final, por meio de pesquisa prescritiva, são formuladas recomendações, no nível estratégico, para a Marinha do Brasil. O estudo considera que o principal reflexo dos conflitos na Zona Cinza para futuras políticas e estratégias da Marinha do Brasil é a necessidade de inclusão do fenômeno de forma mais assertiva na construção de políticas e estratégias navais e conclui formulando onze recomendações à Marinha do Brasil, que podem auxiliar em futuras revisões da Política Naval e do Plano Estratégico da Marinhapt_BR
dc.descriptionApresentado à Escola de Guerra Naval, como requisito parcial para a conclusão do Curso de Política e Estratégia Marítimas (C-PEM 2022)-
dc.description.abstractThe beginning of a new multipolarity in the 21st century brought the emergence of the socalled revisionist states, which began to use conflicts in the Gray Zone in the search for changing the status quo in their favor. Conflicts in the Gray Zone occur in the gap between the practices employed by diplomacy and the conventional actions of an armed conflict. They employ indirect tools that avoid justifications for retaliation through conventional conflict, thus remaining outside the limits of armed conflict against their competitors (or adversaries). Another peculiarity of these actions is their intention to obfuscate their real nature, aiming to hinder or prevent the identification of the threat and the attribution of responsibilities. Similarly, conflicts in the Gray Zone and Hybrid Warfare share several characteristics, the former, however, being limited to actions beyond armed conflict. The actions or tools used in the conflicts in the Gray Zone are peculiar and specific, being sometimes called Hybrid Threats. They may involve actions such as cyber attacks, information operations, use of regular and irregular forces, terrorism, environmental crimes, piracy, among others. In addition to being used in the military dimension, they explore other dimensions, such as human, economic, political and legal. Hybrid threats are also observed in the Brazilian Strategic Environment and can serve as tools for the competition in the Gray Zone against Brazil. Thus, it is essential to keep the Brazilian Armed Forces prepared to face them. Therefore, there is a need for the Brazilian Navy to identify the possible consequences of this phenomenon for its preparation and employment in a conflict scenario in the Gray Zone. The objective of this thesis is, consequently, to describe and analyze the conflicts in the Gray Zone and the main ways to oppose them, in order to deduce their consequences for future policies and strategies of the Brazilian Navy, formulating and justifying recommendations. The work is justified by contributing to a deeper understanding of contemporary aspects related to the 21st century conflicts, in this case, the conflicts in the Gray Zone. Actions of this nature employed by the People's Republic of China are analyzed because it is one of the most active actors in the conflicts of the Gray Zone and because a considerable part of its actions employ the maritime environment, of greater relevance for the Brazilian Navy. The study analyzes, as the main tools used by China: the construction of artificial islands; the employment of the “Little Blue Men”; the use of cyber threats; the New Chinese Silk Road; and the use of Chinese military forces in the Gray Zone. Exploratory and descriptive research is used and, at the end, through prescriptive research, recommendations are formulated, at the strategic level, for the Brazilian Navy. The study considers that the main reflection of the conflicts in the Gray Zone for future policies and strategies of the Brazilian Navy is the need to include the phenomenon in a more assertive way in the construction of naval policies and strategies and concludes by formulating eleven recommendations to the Brazilian Navy, which can help in future revisions of the Naval Policy and the Navy Strategic Planpt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.publisherEscola de Guerra Naval (EGN)pt_BR
dc.rightsopenAccesspt_BR
dc.subjectAmeaças híbridaspt_BR
dc.subjectConflitos - Zona Cinzapt_BR
dc.subjectGuerra Híbrida - Chinapt_BR
dc.titleOfuscando os limites entre a Diplomacia e o Conflito Armado: Os Conflitos na Zona Cinza e seus reflexos para futuras políticas e estratégias da Marinha do Brasilpt_BR
dc.typebachelorThesispt_BR
dc.subject.dgpmPolítica e estratégiapt_BR
Aparece nas coleções:Estudos Militares: Coleção de Trabalhos de Conclusão de Curso

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