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https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/846155
Título: | O xadrez de Clausewitz: a fronteira da racionalidade na Crise dos Mísseis de Cuba em 1962 |
Autor(es): | Dias, Luiz Fernando de Oliveira |
Orientador(es): | Carvalhaes, Ricardo Russio |
Palavras-chave: | Teoria dos Jogos Crise dos Mísseis Clausewitz Racionalidade |
Áreas de conhecimento da DGPM: | Doutrinas marítima e naval |
Data do documento: | 2022 |
Editor: | Escola de Guerra Naval (EGN) |
Descrição: | Parametrizar as interações e negociações, a fim de planejar de maneira mais eficiente e eficaz
o emprego dos seus meios sempre representou um desafio para a Expressão Militar. Essa
dificuldade se deve principalmente em virtude da subjetividade que permeia o processo de
decisão dos atores envolvidos. A Teoria dos Jogos, cujas origens remontam o século XVIII, com
Daniel Bernoulli (1700-1782), apresentar-se-á como ferramenta para essa modelagem e, ao
longo da sua evolução histórica, incorporou uma maior gama de tipos de negociações e
finalmente, os conflitos. Dessa forma, o propósito desta pesquisa foi analisar quais aspectos
foram determinantes para a decisão sobre a forma de emprego do Poder Naval, durante a
Crise dos Mísseis de Cuba, em 1962, sob a ótica da Teoria dos Jogos. Assim, foi realizado o
confronto entre a teoria em lide e os acontecimentos históricos que retrataram o período de
maior tensão envolvendo as grandes potências globais no contexto da Guerra Fria (1947-
1989), quais sejam, os Estados Unidos da América (EUA) e a ex-União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas (ex-URSS). Para tal, na abordagem teórica foi identificado que a presença
da racionalidade e o estabelecimento de comunicações entre os decisores são requisitos para
a modelagem e para o enquadramento do tipo de jogo abordado. Foi explorado também o
limite até o qual os fundamentos da Teoria dos Jogos podem ser aplicados, quando então foi
estudado o conceito de Guerra Absoluta de Clausewitz (1780-1831). Por sua vez, na análise
do objeto da pesquisa, foram evidenciados os eventos que o precederam, as relações de
comando do Presidente John Kennedy (1917-1963) e do Primeiro-ministro soviético Nikita
Khrushchev (1894-1971), os fatores que levaram à decisão de se realizar a operação de
Quarentena, isolando a ilha caribenha, e o desenrolar dessa operação, avaliando o emprego
das respectivas forças navais. Feito o confronto entre a teoria e a realidade, chegou-se à
conclusão de que a manutenção das ações dentro dos limites da racionalidade, impedindo
que o conflito derivasse para uma Guerra Absoluta, com emprego de armamento nuclear,
além do estabelecimento de comunicações entre os líderes, permitindo que as
movimentações de cada lado fossem compreendidas e respondidas de forma sequencial, tal
qual o posicionamento das peças em um jogo de tabuleiro, configuram-se como os principais
aspectos determinantes para a forma de emprego do poder naval. Isto posto, a pesquisa
concluiu existir a devida aderência entre o emprego do Poder Naval, durante a Crise dos
Mísseis de Cuba, em 1962 e os fundamentos da Teoria dos Jogos. Apresentado à Escola de Guerra Naval, como requisito parcial para a conclusão do Curso de Estado Maior para Oficiais Superiores (C-EMOS 2022) |
Tipo de Acesso: | Acesso aberto |
URI: | https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/846155 |
Tipo: | Trabalho de fim de curso |
Aparece nas coleções: | Defesa Nacional: Coleção de Trabalhos de Conclusão de Curso |
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