Título:	A geopolítica da América Latina para a Antártica : uma proposta de Bloco Regional Multilateral
Autor(es):	Góes, Marcelo Gouveia
Orientador(es):	Coelho, Emílio Reis
Palavras-chave:	Antártica Geopolítica Neoliberalismo Realismo BRAPEL - Bloco Regional Antártico dos Países da América Latina RAPAL -, Reuniões de Administradores de Programas Antárticos Latino-americanos
Áreas de conhecimento da DGPM:	Geopolítica
Data do documento:	2023
Editor:	Escola de Guerra Naval (EGN)
Descrição:	O objetivo da pesquisa visa identificar os fundamentos da Geopolítica bem como descrever os conceitos teóricos do Realismo e do Neoliberalismo, no contexto das Relações Internacionais, de forma a compreender os interesses dos Estados na Antártica. Na sequência, foram estudadas as características físicas e geoestratégicas da Antártica e a criação e composição do STA. Ampliando a abordagem, foi também conduzida uma análise documental acerca da genealogia e estruturação das RAPAL, bem como realizada a descrição dos interesses geopolíticos dos principais países membros desse fórum em relação ao Continente Branco. Baseado nos pressupostos das teorias do Realismo e do Neoliberalismo, bem como suas interações com a Geopolítica, foram identificadas as posturas adotadas pelo Brasil, pela Argentina e pelo Chile em relação ao Continente Austral, desde seus primeiros contatos com aquela região, passando pelo Tratado da Antártica e a estruturação do STA, até o início de 2023. No decorrer da presente pesquisa ficou evidenciado que a Antártica, por ter sido o último continente a ser descoberto pelo homem e sobre o qual ainda não existem definições de soberania e de divisão política relativo ao seu vasto território, é alvo de cobiça de diferentes países, sejam eles motivados por questões econômicas, científicas ou territoriais. Sob o olhar da Geopolítica, foi demonstrado que existe um suporte teórico adequado para justificar os interesses dos Estados por novos territórios, a exemplo da Antártica. Suas riquezas naturais e seus diversos recursos minerais, já mapeados ou não, além da sua relevante característica geoestratégica, conferem ao Sexto Continente uma singular atratividade para as aspirações geopolíticas estatais, sob a lente da corrente teórica do Realismo, já que esta enfatiza a competição e o conflito como suas características fundamentais. Por outro lado, a teoria do Neoliberalismo, fornece uma distinta perspectiva sobre as dinâmicas de atuação dos Estados em relação ao Continente Gelado, uma vez que ressalta a importância da cooperação e das instituições internacionais para promover a paz e a prosperidade global, a exemplo do que atualmente são o Tratado da Antártica e o STA, bem como as RAPAL. Decorrente dos estudos conduzidos e das análises efetuadas, concluiu-se que existe uma suficiente solidez de similaridades de interesses geopolíticos dos Estados estudados, a ponto de ser proposta uma remodelagem das RAPAL, passando de um fórum de administradores dos programas antárticos para o estabelecimento de um bloco regional latino-americano de atuação multilateral junto ao STA, qual seja o BRAPAL. Assim sendo, o BRAPAL pode vir a se tornar a ferramenta adequada para a defesa dos interesses nacionais em relação ao Sexto Continente, garantindo dessa forma a consecução dos Objetivos Nacionais Antárticos Trabalho apresentado à Escola de Guerra Naval, como requisito parcial para a conclusão do Curso de Política e Estratégia (C-PEM 2023 )
Tipo de Acesso:	Acesso aberto
URI:	https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/846645
Tipo:	Trabalho de fim de curso
Aparece nas coleções:	Defesa Nacional: Coleção de Trabalhos de Conclusão de Curso

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